Saímos de Mendoza-ARG com destino a La Rioja-ARG, seguimos a orientação do Antonio, proprietário de uma gomeria (borracharia) em Luján de Cuyo , pegamos a Ruta 40 sentido norte ,mas antes de San Juan pegamos as Rutas Nacionais 162, 295, 246. 20 e então entramos na 141, uma região um tanto desértica e de muita pobreza, ali vimos crianças vendendo pães na beira da estrada. Andamos alguns quilômetros e fomos parar na região de Vallecito onde tem o Santuário de La Difunta Correa.

De acordo com os relatos, na década de 1840, a Argentina estava em uma terrível guerra civil. Os brancos descendentes de espanhóis estavam lutando contra os povos indígenas que ainda restavam no país. A jovem Deolinda Correa era casada com Baudilio Bustos, que foi recrutado para lutar na guerra. Como não queria ficar longe de seu marido, ela decidiu segui-lo. Deolinda Correa seguiu então o exército argentino durante algum tempo, levando seu bebê recém-nascido nos braços. Quando atravessava uma região de deserto próxima à província de San Juan, seus mantimentos e a água que levava acabaram. Ela então acabou morrendo de sede e exaustão. Algum tempo depois o seu corpo foi encontrado e, para espanto dos viajantes que o encontraram, o bebê ainda estava vivo, supostamente graças ao leite que o corpo da sua mãe continuou a produzir, mesmo depois da morte. Esse foi considerado o primeiro milagre da Defunta Correa e o local onde seu corpo foi encontrado recebeu um pequeno altar.
Durante as décadas seguintes, esse lugar transformou-se num centro de peregrinação para devotos e acabou se tornando um grande santuário: o santuário de Vallecito. Os peregrinos e devotos lotam o santuário de Vallecito para pedir graças ou pagar promessas. No resto do país, a devoção à defunta Correa está muito presente ao longo das estradas, onde podemos encontrar pequenos santuários rodeados de oferendas, especialmente garrafas cheias de água.


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