La Mano del Desierto é uma escultura com quase 12 metros de altura, já faz parte da geografia da La Perla del Norte (Pérola do Norte). A obra foi inaugurada em 28 de março de 1992 e sua construção foi financiada por contribuições da Corporação Pro Antofagasta. Sua manutenção é administrada pela mesma empresa, eles realizam limpezas periódicas por que a escultura é um alvo constante de pichações .
O monumento esta, localizado a 75 quilômetros ao sul de Antofagasta. Sobre a construção desse monumento, todos os dias surgem novas interpretações de seu significado. O arquiteto da escultura, o artista chileno Mario Irarrázabal, disse que nos 26 anos de vida dessa esfinge, tem escutado muitas teorias sobre o monumento.
Mario Irarrázabal |
Segundo o autor, cada visitante do Mano del Desierto pode dar sua própria interpretação do significado desta escultura. Alguns dizem que a cidade está dizendo adeus para o viajante. Segundo outros, que representa vítimas de injustiça e tortura durante a ditadura militar de 1973-1990.
"Um dia, durante tarefas de manutenção na mão, observava cuidadosamente como uma senhora explicava a seus filhos que este trabalho tinha sido uma homenagem aos mortos da enchente de 1991". Este mito tem uma variante, onde afirmava que os desaparecidos eram prisioneiros no Chile.
Mario Irarrázabal relatou que uma história em particular lhe causava muita graça. Ele ouviu que o criador da escultura era um cidadão alemão, que, logo após concluir a obra retornou ao seu país forrado de prata. "Dá-me rir esta fábula, com esta construção, porque ninguém fez dinheiro", disse Irarrázabal.
A imaginação dos viajantes não param por aí. Algumas pessoas correram a lenda que a obra foi esculpida em uma grande pedra no lugar. Isto é falso porque a escultura é de ferro e cimento.
Outra é a forma como ela é chamada, muitos a chamam de "La Manoe de Dio", para os chilenos ela é chamada somente "La Mano del Desierto".
Mario Irarrázabal afirma que essas histórias não incomodam, justamente o oposto. "Gosto de histórias geradas. Eu só queria construir uma pausa poética no deserto", disse o escultor.
O fato é que "La Mano del Desierto" é um dos destinos preferidos de muitos motociclistas, tirar uma fotografia diante da esfinge é como se fosse receber um troféu por ter ganho uma grande competição. Ficar parado por alguns momentos em alta temporada (dezembro-janeiro) significa encontrar gente de todo lugar. Na fotografia ao lado estão um grupo de Curitiba, outro de São Paulo e também do Peru, ali saem troca de relatos de viagem e experiências pessoais, muito gratificante.
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